À vitamina D são atribuídas, principalmente, as funções de estruturação e manutenção do tecido ósseo e equilíbrio dos níveis de cálcio e de fósforo no organismo (homeostase). Além disso, estudos apresentam o envolvimento da vitamina D com outros processos vitais, como a reprodução celular, secreção de hormônios e a actuação no sistema imunológico.
A substância tem um comportamento bem diferente das outras vitaminas, que são encontradas em abundância nos alimentos, pois a síntese de vitamina D advém principalmente da exposição da pele ao sol, que gera uma reacção fotossintética, resultando na sua forma biologicamente activa.
Existem três fontes de vitamina D: a alimentação, a exposição ao sol e a suplementação.
Dentre elas, tomar sol representa entre 80 e 90% da obtenção vitamínica, sendo que o restante ocorre, geralmente, através da alimentação, excepto nos casos em que é realizada a ingestão de suplementos vitamínicos.
O ideal é que complementos alimentares que só sejam utilizados em casos de deficiência e expressamente indicados por um médico.
Benefícios da Vitamina D
– Fortalecimento dos ossos: a vitamina D é fundamental para a absorção do cálcio nos ossos. O cálcio é o nutriente responsável pela fortificação dos ossos e dentes, a falta dele pode ocasionar o raquitismo na infância e a osteoporose na idade adulta. Indivíduos com falta de vitamina D no corpo absorvem 30% menos cálcio dos alimentos.
– Protege o coração: age no controle das contracções dos músculos do coração que bombeiam o sangue para o resto do corpo, além de permitir o relaxamento dos vasos sanguíneos e contribuir com a produção do hormônio responsável por regular a pressão arterial, a renina.
A ausência de vitamina D no corpo pode provocar o acumulo de cálcio nas artérias impedindo a passagem do sangue. As chances de uma pessoa ter um enfarto, derrame ou insuficiência cardíaca são maiores nesse caso.
– Prevenção e controle da diabetes: a vitamina D induz a produção da renina que evita o diabetes e, também, participa da produção de insulina pelo pâncreas.
– Gravidez sem risco: a falta de vitamina D na gravidez pode ocasionar o aborto espontâneo no primeiro trimestre de gestação. No fim do período gestacional a falta do nutriente causa a pré-eclâmpsia, doença que desenvolve hipertensão na gestante e aumenta as chances da criança desenvolver o autismo, uma vez que a vitamina D ajuda no desenvolvimento do cérebro do bebé.
– Ajuda na força muscular: a ausência de vitamina D leva a redução da força muscular aumentando o risco de fracturas e quedas.
Uma pesquisa realizada com idosos, acima de 65 anos, na Universidade de Zurique constatou que a ingestão de vitamina D pode diminuir em 19% o risco de quedas.
Onde encontramos Vitamina D
Existem alimentos ricos em vitamina D principalmente os de origem animal, como óleo de fígado de bacalhau, alimentos que derivam do leite e ovos. Além desses, alimentos como manteigas, margarinas e iogurtes também são enriquecidos com esse nutriente.
Outras formas de adquirir essa vitamina são através de suplementos alimentares, que devem ser consumidos com o acompanhamento de um médio e através da exposição à luz solar, que estimula a produção de vitamina D pelo organismo.
Sintomas de deficiência de Vitamina D
A opção mais certa usada para descobrir a carência de vitamina D é o exame de sangue que mede o nível da vitamina no corpo. No entanto, o aparecimento de algumas doenças pode identificar esse défice.
Doenças respiratórias, fraqueza muscular, psoríase, doença renal crónica, diabetes, asma, doença periodontal, doença cardiovascular, esquizofrenia, depressão e cancro, todas essas doenças podem estar associadas à falta de vitamina D.
No caso do cancro, pesquisadores da universidade de Washington DC encontraram uma ligação entre o consumo excessivo de vitamina D e a diminuição do risco de surgimento do cancro de mama em até 75 % e 50% no caso de pessoas que já apresentaram a doença. A vitamina controla o crescimento e desenvolvimento do cancro de mama do tipo estrogênio-sensível.
Curiosidades
· A utilização de filtro solar com protecção UVB que tenha factor maior do que 30 bloqueia 95% da fabricação de vitamina D;
· A vitamina D pode ser ingerida ou uma vez por semana ou uma vez por mês, desde que a dose seja ajustada. Isso ocorre porque a vitamina D tem meia vida de dois a três meses;
· Pessoas que possuem tom de pele negra precisam ficar expostas ao sol três vezes mais do que indivíduos de pele branca, para realizar a mesma quantidade de vitamina D, devido a quantidade de melanina presente na epiderme;
· Quanto maior for a idade do indivíduo, menor é sua capacidade de produzir vitamina D através da pele.